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terça-feira, 26 de abril de 2011

O caráter filosófico ou especulativo da estética

Paper: O caráter filosófico ou especulativo da estética


RESUMO
Apresenta o paper a estética como reflexão filosófica. Esta discussão provocada pelo texto da obra Os problemas da poética, de Luigi Pareyson, particularmente o capítulo I – nos seus itens: O caráter filosófico da estética e Estética e crítica, usando-os como metodologia à pesquisa para o tema proposto. Tem como objetivo geral, analisar o lugar ou esfera delimitante da estética na experiência humana, como reflexão filosófica e no que tange ao mundo das artes. Tem como público alvo os demais acadêmicos do curso de Filosofia ou de áreas afins, bem como os demais interessados e mediadores de conhecimento. O paper ainda, apresenta position paper - o posicionamento pessoal predeterminado. Define a estética como disciplina filosófica, o seu objeto de estudo e a diferenciação entre a função da estética, da poética e crítica. Concluindo o papel da estética no caráter da discussão dos problemas universais sobre a arte, devido a sua natureza especulativa.    









1 INTRODUÇÃO

Nos percursos históricos são vários os problemas levantados pelos estudiosos a respeito da Estética, seja logo em primeiro lugar sobre a definição da extensão do seu próprio termo, suas atribuições e implicações, sua concretude seu caráter filosófico ou não (segundo alguns), e as pertinências da áreas que abrange, ou seja, a Poética e a Crítica. Apresenta este paper, análise a acerca dos dois últimos itens, para tanto, enfatizando o texto da obra Os problemas da poética, de Luigi Pareyson (1997).
A conceituação de estética desde a sua, por assim dizer, construção, tendo como ponto reflexivo do surgimento da arte moderna, onde o belo e a ideia de beleza, classicamente falando, não são mais o seu objeto, enfatizando sim, o resultado da produção da arte. Esse processo na modernidade e em extensão, também, na contemporaneidade, leva a discussão e compreensão de que tanto a estética quanto a suas teorias levam e se referem ao belo, em um sentido mais amplo, seja onde for que se expresse.
Para compreensão do autor, abre-se à luz o entendimento de que a estética e suas questões promovem, principalmente, no que tange à sua natureza e seu caráter, mas sim trata-se aqui, fundamentalmente, uma reflexão filosófica ou uma reflexão empírica.
Ao tratar-se da delimitação ou lugar da estética na experiência humana, na reflexão filosófica ou nas artes de forma geral, parte-se de a estética não pode estar à margem do pesamento filosófico, pois não está inserida em uma padronização ou sistematização, nem tão pouco, suas consequências para a arte, devido a estética não ser apenas uma parte da filosofia e sim inteiramente, enquanto refletir sobre os problemas da arte, do belo e da beleza.
Sendo, então, a estética vislumbrando-se a leitura do texto, uma disciplina filosófica é por conseguinte, uma reflexão filosófica e por ser filosofia inteira é puramente, neste contexto, especulativa. Não trata assim, a estética, de normas ou normatizações, bem como juízos ou julgamentos, tratamentos estes empregados a poética e a crítica. Ela é definição de conceitos. O paper no seu escopo principal, apresenta a estética como disciplina filosófica, o seu objeto de estudo e a diferenciação entre a função da estética, o da poética e o papel da crítica. Concluindo o papel da estética no caráter da discussão dos problemas universais da arte.

2 DESENVOLVIMENTO


Visando a compreensão do range à que área da Estética pertence, deve-se ser levar em consideração a experiência estética, essa ideia é fundamentalmente essencial. Ao tratar a estética como filosofia inteira, não sendo ela parte da filosofia, enquanto empenhada na reflexão dos problemas da beleza e da arte e é ela só detentora dessa designação pelo seu afrontamento dos problemas da experiência estética, sendo que está implícito aqui, também, os demais problemas filosóficos.
Se isso é assim, a estética sendo filosofia inteira, por conseguinte têm seu caráter eminentemente filosófico, sendo então especulativa. Como especulação, tem que estar fundamentada na experiência concreta, sendo assim é mais uma atribuição do caráter da estética. Concretude esta com base na troca entre a reflexão filosófica especulativa e o da experiência.
Para situar-se o caráter especulativo da Estética, se deve empregar uma teia de diferenciações pertinentes entre a Crítica, a Poética ou Teoria de cada Arte. O que está em jogo, é que mesmo sendo ela a Estética trate dos problemas universais da experiência artística, como já dito, ela não é um programa de arte ou muito longe de ser uma técnica artística, ela é fixando-se este pensamento uma reflexão filosófica, não podendo ela ser de outra maneira.
Mesmo sua reflexão sendo construída a partir da experiência artística, a Estética não pode ser diminuída ou reduzida ao papel que desempenham a Crítica ou a Poética. Poética tem o papel normativo, operativo, liga-se a normas é um programa de arte, ela diz respeito à obra por fazer, sem possuir ou ter valor filosófico. Caracterizando à poética, na formação dos profissionais, na capacidade da compreensão do ao fazer à leitura e o contexto de cada obra de arte. Já na tarefa do discernimento crítico efetuar e pronunciar julgamento ou juízo e valorar obras de arte, seu papel operacional é igual ao da Poética, ou seja operam na esfera do gosto.
Por outro lado, o desempenho da Estética ou da Teoria da Arte é a busca das respostas ou conclusões teóricas de caráter universal, ao extrair os dados implícitos da experiência concreta.
A Estética não objetiva normas ou valoração, nem tampouco julgamentos ou juízos de valor sobre uma obra de arte. Seu caráter, então, é fundamentalmente filosofia. A relação que a Estética estabelece com a Poética e a Crítica é restrito a experiência concreta.
Assim, a Estética, sendo reflexão filosófica se direciona à experiência do belo e da arte, sendo a pretensão de estabelecer o que deve ser a arte ou o belo, mas de dar conta do seu significado, de sua estrutura, e dos fenômenos que se apresentam na experiência estética.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, como síntese integradora, pode-se ressaltar que a Estética como reflexão filosófica, aponta duas importantes via que a caracteriza, uma ascendente que chega a conclusões ou resultados dos problemas universais partindo-se de reflexões oriundas da experiência concreta e as dificuldades particulares ali inseridas e a via descendente que tomando como bases estas respostas ou resultados se servindo-se delas interpretando-as e tentando resolver seus problemas. Assim, a Estética é filosofia com objeto de estudo a experiência artística. A experiência do pintor, do escultor, do crítico, do artista, do técnico, dos historiadores, em suma de todos os desfrutantes das obras de arte e de seus objetos. A estética, com efeito, visa em seu escopo, à contemplação da beleza, seja ela de qualquer natureza, à produção artística, e, também a interpretação e avaliação das obras de arte.



4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
























































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